Neste momento vejo a chuva da janela bem a minha frente. Faz uma tarde escura, nublada do tipo que não se sabe quando as nuvens vão passar. O bom é que venta uma brisa fresca que em nada lembra o seu início ensolarado e escaldante.
Tem dias em que a cabeça da gente parece não cooperar. Tanta coisa para fazer e ela para sem avisar.
Ando tão emotiva e conheço bem meu corpo e minha mente quando eles avisam que há algo estranho no ar... Uma nota destoante ou um ritmo descompassado. Sou aliada de mim mesma e ainda não aprendi completamente a respeitar meus próprios sinais.
Existe uma parte de mim que ainda não se encaixou nas coisas... Ou será que é hora de querer procurar coisas que se encaixem nela?
O que me sustenta é a capacidade de não guardar para mim só essas angústias. Amigos, amor e as frases soltas que deixo por aqui... Tudo isso me alivia de alguma forma.
Dia de ficar quieta, ouvir o som e tentar entender de onde vem. Há um grito aqui dentro do peito que precisa ser ouvido. Ele é quase triste, mas acho que é só para chamar atenção.
Ter a medida dos atos é compreender o início e o fim de cada tempo. E que tarefa complicada! Preciso dosar o quanto de mim eu coloco em cada receita, senão desando o jantar.
Sinto falta de tinta, sinto falta de recortes coloridos, de tesouras picotando, de pincel, de música e de esquecer que a minha liberdade precisa ser domesticada!
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