terça-feira, 16 de novembro de 2010

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

São seis horas da manhã após uma noite não dormida.
Pronto, como você queria, estou por aqui para falar de você novamente, e agora com um sentimento tão diferente dos que tive ao escrever os milhares de outros que você não deve ter lido.
Post inutil, sem nexo, feito palavra cruzada. Não há remédio para o que não é doença. Aos inimigos, ofereço um cálice de vinho para o brinde, aos amigos, minhas mãos e a sorte de um sorriso ou outro, num tempo tão nublado.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

OLEIROS MEUS

Não era nem do sol forte nem da chuva atrasada que viria a minha lucidez. Muito menos da estrada constante.

Veio do meu silêncio inexato e imóvel, da minha falta inexplicável e tão cheia de conteúdo.

Ainda gosto do espelho e dos meus escritos todos. Ainda me vejo e ainda me procuro.

Não com angústia, nem atormentada por fantasmas vindouros, mas com a paz de quem se molda, delicadamente, sozinha e com a ajuda dos outros.

Fazem falta algumas das mãos que sumiram, mas algo me diz que é necessário dar espaço a outras para que o molde não fique caricato.

Sou feita de muitas mãos, as minhas e as de todos que tocam minha vida, presentes ou não.

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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ADAPTAÇÃO

O mundo está girando de forma estranha hoje.

É como se os ponteiros de um grande relógio girassem ao contrário do meu pequenino.

Corro atrás do tempo, dos sentimentos, das pessoas que passam por mim indo em outra direção.

Quando silencio me assusto, porque não sou do tipo que se cala. Sinto muito por calar o que há em mim e que grita tão profundo! Sufocar com um travesseiro e um sono sem fim as mil e uma palavras que brotam a cada vez que negligencio a minha essência, minha inteligência e os meus sentimentos.

Sinto frio a noite e acordo suada pela manhã, porque o ponteiro lento do meu relógio, que luta contra a engrenagem, está apontando os segundos de forma diferente dos demais!

Alguém aí entende de relógio antigo????

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Bom dia!

Caminhando e com a cabeça cheia de sonhos e nós para desatar, sol quente ás nove da manhã e céu azul empoeirado.

Enquanto meus passos eram lentos, para dar mais tempo aos pensamentos, uma borboleta cor de laranja veio brincar comigo. Passou na minha frente, como se me chamasse para apostar uma corrida. Como não topei e fiquei quase estática, maravilhada como a gente fica quando coisas simples assim conseguem nos fazer esquecer da vida, ela resolveu sobrevoar minha cabeça.

Deu voltas, subiu e desceu, dançava enlouquecida fazendo gracinhas.

Me arrancou alguns sorrisos e me fez prender a respiração quando passava próxima ao meu rosto.

Ameaçava entrar em meus cabelos e depois disfarçava, fazendo charme.

Me acompanhou até a porta do trabalho e se despediu em duas manobras: um rasante sobre minha cabeça e uma subida brusca rumo ao céu. Foi voar na cabeça de outra pessoa qualquer que precisava de brisa nos olhos.

Voa pequenina!

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

UMIDADE RELATIVA DO AR

Andar na chuva.

Deixar molhar os cabelos até escorrer pelas costas.

Voltar-se para o céu, de olhos bem fechados e deixar que ela limpe os maus pensamentos.
Sorrir e provar dela.

Abrir os braços para abraça-la e sentir que ela escapa, livre, livre, livre...

Livrar-se da insônia, liberar-se dos vícios e apegos, ver além dos sonhos que estão por um triz.
Tempo seco que não me permite pensar direito.

Deito, calo, falo para dentro e não me deixo dormir direito.

Quero essas gotas benditas para voltar a respirar melhor!

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sábado, 24 de julho de 2010

PHOTOGRAFIA

O que mais preciso respeitar em mim é exatamente o que eu sou.

Ver a beleza que há em se olhar e reconhecer no espelho aquele sorriso, aquele olhar, aquele jeito de mexer nos cabelos... São meus!

Parar para prestar atenção... cinco segundos? Respirar o ar... O que há nele que me atrai?

Aos vinte e nove não me dou mais o luxo de não reconhecer quem eu sou, mesmo com tantos caminhos ainda não percorridos, tantos sentimentos ainda não desvendados, tantas personagens desconhecidas de cada uma das histórias que vou viver um dia.

Meu corpo esta inquieto e eu quero pular para aquecer meus musculos!

Eu sei bem quem eu sou e nessas horas de pausa que meu corpo me pede após o exercício, adoro rever fotografias!

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quinta-feira, 8 de julho de 2010

WHATEVER WORKS

Ranzinza, pessimista, descontente, frio, calculista, pé no chão... Um pouco de realidade nos torna mais humanos e justifica nossa racionalidade, mas na verdade está numa boa dose de sonhos, credulidade, ingenuidade, curiosidade e rompantes de coragem as cores que fazem a vida valer a pena!

Sabe aquela teoria de que há cores infinitas dentro do preto, por mais que a primeira vista nos pareça estranho?

Um aparentemente incompativel encontro entre os dois extremos faz do novo filme de Woody Allen, TUDO PODE DAR CERTO, uma comédia leve para quem está com preguiça de reflexões, e um prato cheio de filosofia aos que enxergam através do espelho.

Vale muito a pena! Ainda que seja para discordar das teorias!

Um pouco de material para tirar o marasmo das novidades que andam aparecendo aos pingos...

Afinal as sutilezas são tão produtivas quanto o óbvio!

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

RUMO A TERRA CONHECIDA!

É esta a cara que o dia tem ao nascer sob asas!

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Alguns dias, um carro, tanque cheio, óculos escuros, malas estufando de roupas e sonhos!

Planejar é sempre parte interessantíssima do futuro.

Os sonhos acabam se confundindo com a realidade uma hora ou outra, e isso sempre coloca uma pitada de encanto no dia a dia.

Planejar é dar asas ao sonho! Pensar nas possibilidades, farejar o cheiro que tem a vista no horizonte, fechar os olhos para ver melhor!

E quando assim, de olhos fechados e coração aberto, o sorriso me vem aos lábios, é certo que encontrei finalmente o sentimento que sempre soube que existia, mas não ousava dar nomes...

Não cabe a ele nome algum, porque são tantos em um!

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sexta-feira, 18 de junho de 2010

AO BRILHANTE ESCRITOR...

"Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo."

JOSÉ SARAMAGO

*16/11/1922 +18/06/2010

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

BRASILIA - 50 ANOS

Eu, nessa fase mochileira em que posso hoje estar aqui e amanhã no outro extremo, viajei mais de cinco horas para chegar lá.

Fiz questão!

Dia azul, lindo, cheio de calor.

Comemorando seus cinquenta anos, Brasilia amanheceu colorida e rica de sotaques. Todos juntos na Esplanada, para participar da festa que quase não aconteceu.

Por todas as notícias que temos ouvido sobre a capital do país, seu aniversário quase passa sem comemoração. Poucos tiveram coragem de associar suas marcas aquela cidade que não sai das páginas escandalosas de jornais e revistas. Os espaços nas placas e estruturas de palco, antes disputadíssimos, estavam vazios.

Mas nós, brasilienses nascidos, criados, adotados ou apenas já tão familiarizados com a cidade-céu, não nos esquecemos.

No palco principal uma festa de cores e homenagens. Porque ainda que tantos não compreendam que comemorar cinquenta anos de Brasilia signfica comemorar cinquenta anos de um Brasil novo, ainda há aqueles que sabem que Brasilia é um Brasil misturado! Brasília é um resumo de saudades e esperanças, passado e futuro, cheios de detalhes.

Eu não perderia jamais ver Nando Reis cantando engasgado as músicas que o Brasil conheceu na voz de Cássia Eller, que daquela água bebeu. Daniela Mercury explodindo em cores ao abrir os braços para cantar "Brasil... Meu Brasil brasileiro", "Moro num País Tropical" e tantas outras músicas que reúnem vozes de toda uma nação que mora no "DF"... Zelia Duncan lembrando os versos de Renato Russo, eterno poeta candango, Osvaldo Montenegro em voz e violão, e tantos outros artistas desta terra de "água boa".

Em Brasília eu conheci sentimentos tantos e tão destintos. Inícios e fins. Inspirações. Brasília está cada vez mais se mesclando ao meu futuro, e foi lá que li pela primeira vez a crônica de Clarice Lispector explicando os meus sentimentos tão iguais aos dela, despertados por esta cidade:

"Se eu dissesse que Brasília é bonita veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia vêem nisso uma acusação. Mas a minha insônia não é bonita nem feia, minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. É o ponto e vírgula. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil: eles ergueram o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um novo mistério."

Se em ti começo meu começo outra vez, Brasília, aí então serão outros cinquenta!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

FALA, RUBEM!

Foi o Rubem quem disse.

Poderia ter sido minha avó ou a sua. Ou um de nós daqui alguns anos. Mas talvez não com tanta precisão como as palavras do Rubem.

Então... Fala Rubem!

"Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.

(...)

O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.

O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre.

(...)

A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...

(...)

Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.

Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim"

(Trecho de TENIS X FRESCOBOL - Rubem Alves)

segunda-feira, 29 de março de 2010

POEIRA VERMELHA

Pé na estrada outra vez.

Direção defensiva. Acelerador. Parabrisas. Retrovisor. Buzina.

E eu que sempre adorei uma estrada... Sabe tudo o que quero agora?

Dirigir de volta!

Não enchergar o futuro e ainda assim ter a confortavel certeza de que ele finalmente está ali na frente me traz uma paz sem tamanho!

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sexta-feira, 19 de março de 2010

TIETAGEM DECLARADA!

Sou tiete, sou mesmo!

Tiete: fã, admirador entusiasta.

Todas as vezes que gosto de alguma coisa ou de alguém, repito esse meu gesto de tietagem. Quero ver, ouvir, falar. Quero estar perto, quero tocar. Quero trazer para o meu mundo o quanto puder daquilo ou daquele que mexe comigo.

Descobrir as razões, marcar encontro com os encantos, saber mais sobre.

Sou tiete de histórias de vida bacanas, de músicas tocantes, de cenários exatos. De corações expostos, de sem vergonhices delicadas, de bocas que não se calam. De vidas que não se esquecem de viver.

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quinta-feira, 11 de março de 2010

COMOVER-SE

Hoje vivi uma situação em que uma reunião de trabalho quase se tornou terapia.

Em tempos de guerra em que umbigos embanham espadas, é vital para mim perceber por detrás da cortina qualquer sintoma de olhos marejados.

Comover-se com o outro.

Sentir as palavras como se fosse possível vê-las. Perceber que a fala nos permite revelar todo esse mistério de ser humano.

Como não marejar os olhos quando a verdade é tão simples que desarma sem guerra nossas defesas usuais?

Neste mundo de diferenças, aprendo a cada dia a olhar o outro com um olhar muito mais gentil e compreensivo em relação aos artifícios de proteção que todos nós fabricamos sozinhos a cada barreira da vida, sem nos dar conta de que são as pontes que na verdade nos permitem atravessa-la.

Em tempos de praticidade, pressa e intolerância, é fundamental saber que também é morte deixar de sentir e não deixar que o outro sinta.

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

ESCAPE

Pequena pausa no dia.

Neste momento vejo a chuva da janela bem a minha frente. Faz uma tarde escura, nublada do tipo que não se sabe quando as nuvens vão passar. O bom é que venta uma brisa fresca que em nada lembra o seu início ensolarado e escaldante.

Tem dias em que a cabeça da gente parece não cooperar. Tanta coisa para fazer e ela para sem avisar.

Ando tão emotiva e conheço bem meu corpo e minha mente quando eles avisam que há algo estranho no ar... Uma nota destoante ou um ritmo descompassado. Sou aliada de mim mesma e ainda não aprendi completamente a respeitar meus próprios sinais.

Existe uma parte de mim que ainda não se encaixou nas coisas... Ou será que é hora de querer procurar coisas que se encaixem nela?

O que me sustenta é a capacidade de não guardar para mim só essas angústias. Amigos, amor e as frases soltas que deixo por aqui... Tudo isso me alivia de alguma forma.

Dia de ficar quieta, ouvir o som e tentar entender de onde vem. Há um grito aqui dentro do peito que precisa ser ouvido. Ele é quase triste, mas acho que é só para chamar atenção.

Ter a medida dos atos é compreender o início e o fim de cada tempo. E que tarefa complicada! Preciso dosar o quanto de mim eu coloco em cada receita, senão desando o jantar.

Sinto falta de tinta, sinto falta de recortes coloridos, de tesouras picotando, de pincel, de música e de esquecer que a minha liberdade precisa ser domesticada!

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

AMIGDALITE!

SEMPRE PROCURANDO VER O LADO BOM DAS COISAS...

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Coisas que uma crise de amigdalite aguda pode proporcionar a você:

- atestado para o trabalho e para o resto todo (sim, você se torna uma ameaça ambulante!)

- silêncio absoluto forçado por pura dor (quando a gente cala, comete tão menos deslizes!)

- terminar finalmente de ler aquele livro que está na cabeceira

- fazer dieta liquida por quatro dias

- namorar via mensagem de celular o dia inteiro (ok...não preciso de amigdalite para isso...rs...mas assim sendo, é o ÚNICO meio!)

- dormir a todo momento e acordar sem saber direito que horas são (a não ser quando toca o alarme dos remédios)

- assistir sessão da tarde sem peso na consciência (confesso que estando a beira de lançar um projeto, minha primeira reação ao saber do diagnóstico foi uma crise nervosa!)

- tomar sopinha feita pela mãe... batida no liquidificador e bem temperada, porque o repouso é em casa e não no hospital!

- ter aquele tempo que faltava para atualizar os escritos

- ver todos os seriados da madrugada sem tirar os olhos da tv (não, não há nada mais urgente!)

- passar o dia de pijamas sem o mínimo desconforto

- não atender telefonemas chatos (silêncio ABSOLUTO, lembra? rs...)

- ler todas as revistas que eu vi na banca e quis mas não comprei antes porque iam ficar encostadas

- morrer de frio e ficar debaixo do cobertor enquanto todos estão derretendo de calor

- aprender a aceitar as pausas por pura obrigação (desacelerar de vez em quando faz um bem incalculavel... mas a gente esquece disso!)

- ajeitar na cabeça aqueles assuntos que a gente evita pensar!

- fazer manha, mesmo que de leve, porque logo, logo, tudo volta ao normal!!!

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

COLOMBINA

Post Pré Carnaval.

Só podia mesmo ter muito confete e serpentina... Mas não desse tipo. Cada um escolhe o "confete" que quer para o seu feriado, e eu estou saindo de viagem. Não me importa se a gente vai chegar a ir à Chapada (já aprendi que a chuva sempre cai no feriado...rs), se vamos ao teatro ou se vamos ficar trancadas assistindo DVD. Se vou conseguir multiplicar o tempo para rever os candangos amigos ou se vou apenas me esquecer de onde estou. Não importa porque sei que meu tempo será feliz contigo!

O que importa mesmo é a PAUSA e o controle remoto na cabeceira. Estirar-se num canto nosso e decidir as horas depois.

Sem fantasias nem máscaras. Nossa melhor maquiagem é esse sorriso que não se apaga!

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

BREVE SOLUÇO

silêncio e música.

contradições.

opostos.

complementares.

travesseiro e volante.

calça jeans e vestido de jersey.

mente cansada, corpo dolorido procurando meu canto.

como é mesmo que se curam os soluços de bebês???

"Baby, baby, please, don´t give up this fight!!!"

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ELEVADOR!

Correria! Nem tenho conseguido escrever direito e tem me feito muita falta! Aliás... Tanta coisa anda me fazendo falta... Mas a Evolução da Espécie já provou nossa capacidade de mutação para nos adaptarmos ao meio... Eu ando sobre duas pernas e você também porque um dia tivemos que aprender a fazer isso! E que bom, não? rs...

Mas enfim... vamos ao tópico...

COINCIDÊNCIAS... existem?

Uma noite dessas peguei o elevador certo na hora certa... Que medo! Parece que ainda estou dentro dele e ele não para de subir!!! O friozinho na barriga é uma delícia, mas só posso perceber se eu parar de me perguntar em que andar ele vai parar!

Feche os olhos e sinta...

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domingo, 31 de janeiro de 2010

ALIVE!

Hoje meus escritos terão dois tópicos, que talvez, quem sabe, se encontrem no final.

Primeiro... Já faz mais de um mês que ganhei um vale dvd de presente. Descobri na loja que eu poderia escolher qualquer produto, então me resolvi por cd´s. Ando sem tempo de parar para "ver" alguma coisa. Passei pelas fileiras de cd como quem folheia revista e escolhi três, de gêneros e tempos diferentes, mas todos antigos (sempre gostei do charme retrô, e me parece um "lenço de seda maaaravilhoso da vovó" ter como acessório curinga Aretha Franklin cantando enquanto checo meus e-mail via celular.).

Vai a dica: "60´s SOUL", da série The Masters, com clássicos das soul music; "THE DANCE" de show já de reunião de clássicos em 1997, dos Fleetwood Mac (se você nunca ouviu falar, lembre-se de "Dreams" gravado pelo The Coors) e o mais recente entre os escolhidos, CONTINUUM, de 2006, do John Mayer (indescritível acordar ao som de VULTURES).

O segundo tópico da minha postagem de hoje diz respeito a uma parada rápida em frente à tv, brincando com o controle remoto. No Multishow a Mônica Waldvogel mostrava um trecho de MANHATTAN, filme de Wood Allen, e fazia a pergunta do bloco final do Saia Justa:

"Por quais motivos se vale a pena viver?"

Então... Depois de acabar vendo o programa até o final e ouvindo as listas delas, lá a vai minha:

- Primeiros acordes de uma música nova

- Raio de sol morno de fim de tarde e todas aquelas cores no céu

- Dar uma risada espontânea

- Nome da pessoa amada piscando no visor do celular

- Dirigir de volta para casa sem pressa e de tanque cheio

- Cheirinho de terra molhada quando a chuva vem

- Cama desarrumada me esperando no sábado quando volto do trabalho cheia de sono

- Almoço de mãe

- Chegadas em aeroporto

- Céu estrelado (mais ainda em noite de lua)

- Mergulho na piscina em dia quente

- Presente de chefe fora de datas comemorativas (por mérito e carinho, nada a ver com o teste do sofá! rs...)

- Adorar ficar acordada de madrugada e ver que morar novamente com os pais quer dizer ter sempre o pai na sala para papear nesta mesma hora (sim, puxei a ele!)

- O primeiro gole da cerveja gelada depois de um brinde com um dos melhores amigos

- Ter na lista de amigos os antigos e os novos reunidos

- Dançar de olhos fechados alguma música que eu adore

- Testar uma caixa nova de lápis de cor em uma folha branca

- Cantar os refrões do U2, ouvir jazz enquanto escrevo, blues em noite fria, rock´n roll setentista para reabastecer a alma, músicas dos anos 80 para se divertir e Nando Reis e variáveis nos intervalos.

-Ter no mp4 mais de mil e quinhentas músicas e não se cansar de nenhuma!

- Beijo na boca

- Tomar banho ouvindo música (e lavando os cabelos)

- Descobrir combinações novas entre as roupas velhas

- Minhas filhas-cadelas Tina e Tetê dormindo "abraçadas" ao meu calcanhar enquanto eu assisto o Jornal Nacional

- Livro bom

- Vento e brisa - cada um a seu tempo

- Estar viva e poder mudar de vida a qualquer momento em que as asas sentirem necessidade!

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

HEIN?!

Há uma certa solidão, um sentimento incompleto. Palavras desconexas, falta algum "elo" alí entre quase todas elas. Entre um sorriso e um olhar feliz é preciso que haja uma ponte invisível e ela nem sempre está ali.

Ás vezes a gente acorda assim.

E são nesses dias que prezo ainda mais a música e a solitude. Ouço alguns acordes e já começo a ligar as palavras uma a uma. Hora a um sustenido, hora a um bemol.

Sabedoria é mesmo entender o momento certo em que meio tom (para cima ou para baixo) faz toda a diferença.

Mas sabe de um segredo? Ainda erro as notas de vez em quando...

...Ainda mais quando ouço a Ana Cañas cantando "Esconderijo" no meu ouvido.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

MODO PULSAR:"ON"

Cabelos alvoraçados.
Sim, com voracidade mesmo.
Livres, crescentes, se manifestando em curvas para o alto.
Alcançar, viver, florescer a semente germinada.
Gostoso é ser gradativa e seguir tecendo a colcha.
Porta jóias se abrem um a um revelando meu tema - um por dia, sem cansar.
A minha rotina inexistente me permite ser todas, como um barista que sabe exatamente o que compõe cada gole de um novo café, e que intimamente tem sempre o seu predileto. Aroma, consistência, notas de sabor.

Cachos, tecelagem, chaves de porta jóias e café cremoso nesta tarde de segunda-feira.

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A VELHA CASA

Valer-se do benefício da dúvida... Tática honesta e porreta! Passei a aderir. Sem mais perguntas. Não há borracha para as tintas que já estão na parede, mas há tintas de outras cores, há quadros, cortinas e tantos outros artifícios. Com um pouco de criatividade a gente muda o que vê, mas as paredes continuam as mesmas que a gente construiu.

Já não sei mais o que sinto e nem se é real a minha impressão de que sempre que falamos da velha casa é com a garganta seca e os olhos cerrados.

Há uma certa loucura em pensar que há fuga. Afinal... Fuga do quê? Uma demência na tolice de achar que meu quarto continua arrumado e cheirando o meu perfume com meu nome na porta. Gostaria de saber só pra saber. Há um certo apego na primeira casa da gente, mesmo que a gente já tenha se mudado de lá para não mais voltar.

Há uma doce anestesia na ignorância... A gente caminha e vive no pulso do peito e uns suspiros de vez em quando.

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

NOVO EMPREGO!!!

Alternando entre o sim e o não, ouvindo propostas em forma de "cantada à mulher casada" ao pé do ouvido e pesando as consequências de uma mudança brusca de direção, me lembrei que sempre foi assim, assumindo riscos e com muita intuição, que construí os meus degraus mais sólidos de escada.

Então me deixei seduzir e decidi:

ESTOU DE MUDANÇA PARA A LIGA DA JUSTIÇA!!!

Mais um lance de escada, mais um voto de confiança, mais um tijolo no meu castelo que nunca foi construido às pressas porque não paro de sonhar novos aposentos!

Nada mal virar produtora do Batman, do Homem Aranha, do Super Homem e de quem mais o Mickey mandar!

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

VINTE E TODOS!!!

************************************************************************************ Agora pesou pra valer! Finalmente eu parei para pensar nisso e ainda bem que foi com a alegria de uma noite recheada de amigos.

Nunca pensei em idade, e se agora penso não é por medo de envelhecer.

Envelhecer não é deixar de ter o frescor da juventude (conheço "velhos" de vinte anos de idade... e a gente sempre ouve isso por aí).

Envelhecer é percorrer o caminho, é experimentar, é saber mais sobre o que diz, é sentir tudo o que foi possível, é colecionar histórias, ter amigos de infância e reconhecer mais rapidamente os novos amigos que serão para sempre.

Envelhecer é escolher o meio para navegar o rio de forma mais sábia, é encostar na margem sempre que quiser e não se cansar à exaustão nadando contra a correnteza, em respeito ao corpo e à alma.

Envelhecer é saber ter a própria idade, e tomar partido do que ela permite.

Envelheço na minha juventude a cada ano que passa, mas não tenho medo da velhice. Se meus traços já mudam, me apresento a mim mesma a cada manhã novamente com ares de novidade.

Eu acabo de fazer vinte e nove e quero ter essa idade por um ano inteirinho!

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

DESENBRULHAR DEVAGARINHO...

É amanhã!!!

Sempre gostei muito de aniversários, e preservando quem eu sou, não fujo das emoções que eles todos me trazem.

Amanhã é um dia para comemorar a VIDA que chega até mim dia após dia em forma de realizações, de músicas novas (e todos os sons), de amigos, de amores, de descobertas, de crescimento, de deixar-se surpreender como uma criança que ganha um presente embrulhado em papel colorido - todas as vezes que algo novo me acontece!

Amanhã vou celebrar meu dia com trabalho, sorrisos, amigos e música! Cores e luzes de todas as intensidades!

E que venham 2010 motivos para continuar a seguir em frente!

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sábado, 2 de janeiro de 2010

2010!!!

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Feliz ano!!!

Felicidade de ter perto quem se ama, felicidade de poder sorrir um sorriso espontâneo, felicidade de respirar sem perceber, de dormir em uma cama quente e aconchegante, de acordar para ver o sol brilhando, de ter tempo de calar dois segundos para ouvir o barulho que a chuva faz ao debulhar seus pingos, de ouvir palavras sinceras e dar um tempo no jogo, felicidade de ter saúde e amor transbordando.
É o que eu desejo a todos neste ano!

FELICIDADE!!!

* foto de amigos do peito que estão matando um pouquinho da saudade!

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