quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A VELHA CASA

Valer-se do benefício da dúvida... Tática honesta e porreta! Passei a aderir. Sem mais perguntas. Não há borracha para as tintas que já estão na parede, mas há tintas de outras cores, há quadros, cortinas e tantos outros artifícios. Com um pouco de criatividade a gente muda o que vê, mas as paredes continuam as mesmas que a gente construiu.

Já não sei mais o que sinto e nem se é real a minha impressão de que sempre que falamos da velha casa é com a garganta seca e os olhos cerrados.

Há uma certa loucura em pensar que há fuga. Afinal... Fuga do quê? Uma demência na tolice de achar que meu quarto continua arrumado e cheirando o meu perfume com meu nome na porta. Gostaria de saber só pra saber. Há um certo apego na primeira casa da gente, mesmo que a gente já tenha se mudado de lá para não mais voltar.

Há uma doce anestesia na ignorância... A gente caminha e vive no pulso do peito e uns suspiros de vez em quando.

***********************************************************************************

Nenhum comentário:

Postar um comentário