Dia nublado. Tempo e sensações.
Não chove nem faz sol, é um meio termo cinza e estranho, mas a estranheza é de uma beleza inegável, que cabe bem como uma pausa entre os extremos, um refresco que permite a regata e a jaqueta, o sorvete e a sopa, a oportunidade de não ser refém de temperatura e escolher apenas por escolha.
Em cima do muro o tempo vai ditando as regras do dia que demora a passar: um santo veneno entrar neste clima de sim e não.
É perturbador um jogo empatado.
Mas hoje eu não estou no olho do furacão, de cima do muro eu posso ver os dois lados e o dia de pular é apenas amanhã. Já?
Sem pressa vou deixando as nuvens sobrevoarem o céu, claras e escuras. Algumas lentas e outras velozes, elas ditam a luz do meu dia e no dia de hoje eu me deixo sorrir para tudo o que me encanta, flertando com os dois lados, sem enganos nem culpas, nem medo da felicidade.
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